top of page

Armando Martins Vianna

 

Rio de Janeiro, RJ,  1897 - Rio de Janeiro, RJ,  1991.

 

Foi um pintor, desenhista e professor brasileiro.

 

Nascido em 05 de abril de 1897 perto do atual Largo do Estácio no Rio de Janeiro era filho de Francisco Roberto Martins Vianna, português, e de Leopoldina Carolina da Fonseca, filha de escrava alforriada. Aos treze anos começa a trabalhar na oficina de pintura do pai, limpando ferramentas e iniciando-se na pintura de placas comerciais, charretes e carrocinhas de leite. Em 1911 matricula-se no Liceu de Artes e Ofícios, Largo da Carioca. Ali recebe a influência, o estímulo e a orientação do professor Eurico Moreira Alves, seu primeiro mestre de desenho.

Seu primeiro trabalho artístico é datado de 1913, uma ‘natureza morta’ mostrando uma composição de frutas tropicais sobre a mesa. Em 1921, já como aluno da Escola Nacional de Belas Artes, participa pela primeira vez do Salão Nacional de Belas Artes (SNBA) com um quadro de paisagem mostrando uma barreira que dava para o Morro de São Carlos.

Decidido a ganhar o prêmio de viagem à Europa envia quatro trabalhos para o SNBA, em 1926. A perseguida conquista acontece com a tela Primavera em Flor, hoje pertencente ao Museu Nacional de Belas Artes.

Um ano marcante em sua vida foi 1927, quando realizou a primeira exposição individual no Rio de Janeiro e em São Paulo.
Já em 1928 participa do Salão da Sociedade de Belas Artes de Lisboa com uma composição figurativa na paisagem portuguesa e ganha a medalha de ouro. No mesmo ano realiza uma exposição individual em Lisboa. Viaja para a Espanha e França, onde se matricula na Academie de La Grande Chaumière, para aprimorar-se em desenho e modelo vivo.

Um dos quadros que fizera em Paris é adquirido pelo International Art Center of Roerich Museum, de Nova Iorque.

Na primeira metade da década de 30 faz trabalhos importantes, como a decoração do salão nobre do Palácio do Catete e o retrato oficial do Presidente Getúlio Vargas.

Outro ponto relevante em sua vida acontece em 1940 quando ganha o concurso promovido pela Comissão Organizadora das Comemorações dos Centenários de Portugal.

Neste momento executa para o pavilhão do Brasil, em Lisboa, quatro painéis contando a história das invasões e da expulsão dos franceses do Rio de Janeiro. As obras hoje pertencem ao Museu Histórico Nacional.

Em 1945 é eleito membro do júri do SNBA.

A partir de 1949 passa a lecionar no Instituto de Belas Artes do Rio de Janeiro, onde permanece por 20 anos ininterruptos no exercício do magistério. Nos anos seguintes, ganha muitos prêmios, a Medalha de Honra e realiza inúmeros trabalhos e exposições.

Ao completar 86 anos de idade, em 1983, acontece uma retrospectiva de 70 anos de pintura (1913-1983) organizada por Walton Ferreira Leite Júnior. Na ocasião é lançado o álbum "Armando Vianna – 70 anos de Pintura". A parceria entre Armando Vianna e Walton Ferreira Leite Júnior se repetiria em 1985 com a dupla exposição realizada na Way Galeria de Arte, no Rio de Janeiro. Ainda em 1985 recebe do então presidente José Sarney um diploma de homenagem e agradecimento, em nome do povo brasileiro pela grande contribuição prestada ao longo de toda a vida.

Armando Vianna nunca se deixou corromper pelos atrativos econômicos do Modernismo que era, sobretudo, influenciado pelas escolas europeias. Embora tenha experimentado o impressionismo, pontilhismo, geométrico e cubismo dedicou-se por convicção absoluta ao academismo.

Suas obras históricas, religiosas e alegóricas espalham-se por diferentes museus brasileiros.

 

Nascimento/Morte

  • 1897 - Rio de Janeiro RJ - 5 de abril

  • 1992 - Rio de Janeiro RJ - 17 de janeiro

 

Formação

  • 1919 - Inicia sua formação artística com Eurico Alves e Stefano Cavalaro no Liceu de Artes e Ofícios do Rio de Janeiro e com Rodolfo Amoêdo e Rodolfo Chambelland como aluno livre da antiga Escola Nacional de Belas Artes

  • 1928 - Matricula-se como aluno livre na Academie de La Grand Chaumiére em Paris, França

  • 1952 - Frequenta o curso de André Lhote no Rio de Janeiro

 

Cronologia

  • Pintor, desenhista e aquarelista

  • s.d. - Executa decorações para o teto do Salão Nobre do Palácio do Catete e para as igrejas de São Jorge e de Nossa Senhora do Rosário no Rio de Janeiro

  • 1909 - Começa a trabalhar na oficina de pintura do pai, onde pinta placas comerciais, charretes e carrocinhas de leite

  • 1923 - Recebe o título de membro da Sociedade Propagadora das Belas Artes, conferido pelo Liceu de Artes e Ofícios do Rio de Janeiro

  • 1927 - Embarca com a esposa e a filha, em viagem por Lisboa, Porto, Madri e Paris onde instala residência e ateliê em Montparnasse

  • 1929 - Regressa ao Brasil desembarcando no Rio de Janeiro

  • 1931 - Vence o concurso público para a decoração do Salão de Honra do Quartel da Polícia Militar, onde executa dois painéis

  • 1933 - Membro do Conselho Nacional de Belas Artes na 40ª Exposição Geral de Belas Artes

  • 1933 - Executa, juntamente com Euclydes Fonseca e João Azevedo, a decoração oficial da cidade do Rio de Janeiro para recepcionar o presidente da Argentina, o general Augustin Justo

  • 1933 - Vence o concurso para executar a decoração do Salão Nobre do Palácio do Catete (hoje Museu da República)

  • 1933 - É convidado a pintar o retrato oficial do presidente Getúlio Vargas

  • 1934 - Passa a lecionar desenho e pintura em seu ateliê

  • 1936 - Executa a decoração da cidade do Rio de Janeiro para o carnaval

  • 1938 - É homenageado pelo poeta Catulo da Paixão Cearense com o poema-elegia publicado no livro Um Boêmio no Céu

  • 1939 - Recebe medalha de prata no Salão Nacional de Belas Artes

  • 1940 - Executa, para o Pavilhão do Brasil nas Comemorações dos Centenários de Portugal, em Lisboa, quatro painéis retratando o história da expulsão dos franceses do Rio de Janeiro

  • 1940 - Vence o concurso de vitrais para o teto do Salão Nobre do Palácio da Guerra

  • 1941 - Ingressa na Irmandade de Nossa Senhora do Rosário e São Benedito dos Homens Pretos

  • 1960 - Recebe a medalha do pacificador pelos vitrais do Salão Nobre do Palácio da Guerra

  • 1968 - Recebe a grande medalha de honra da Academia Brasileira de Belas Artes

  • 1983 - Lançamento do álbum Armando Vianna - 70 anos de pinturas, de Sergio Jardim de Carvalho, Gilza Maria Klüppel de Carvalho e Walton Ferreira Leite Júnior

  • 1985 – Dupla exposição na Way Galeria de Arte, Rio de Janeiro, tendo como associado Walton Ferreira Leite Júnior decidido a resgatar, a qualquer preço, perante a contemporaneidade, a imagem inconfundível e a obra incontestável do grande mestre da pintura brasileira

  • 1985 – Na abertura do 8º Salão de Artes Plásticas no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro recebe do Presidente da República um Diploma de homenagem e agradecimento, em nome do povo brasileiro, pela grande contribuição prestada, ao longo de toda a vida à nossa arte

  • 1987 – Exposição A Alegria dos 90 anos na Way Galeria de Arte, Rio de Janeiro

  • 1988 – Lançamento do livro Armando Vianna, Sua Vida, Sua Obra, com texto do professor José Maria Carneiro

  • 1997 – Grande exposição póstuma na Galeria Belas Artes, Rio de Janeiro, comemorativa do centenário, organizada por José Maria Carneiro

  • 2012 – Inauguração do Museu Armando Vianna, Fazenda São Francisco, São José do Barreiro, SP

​

​

​

​

​

bottom of page